Fluidos polares. Os cientistas ensinam que o mar modifica o clima e, em comparação com as florestas que, até o século XX eram cheias de obstáculos e perigos, o homem agora se depara com um mar nada aliado e fácil de vencer; pois, que, a presença de icebergs, imensos blocos de gelo que vagueiam e flutuam para além dos mares setentrionais, está a exigir novos recursos da técnica moderna do século XXI. Com o andar do tempo, a certeza tomará conta de nós: as neves e as geleiras não são mais eternas. 

E tudo obra da mudança climática...

Se então antes o homem conseguia disciplinar com certa facilidade as ondas violentas, as marés, as correntes que alteravam e destruíram o perfil das costas. Hoje estas obras selvagens da natureza estão a exigir muito mais que diques e faróis. Em nossas vidas, os ruídos são alarmantes e nos dão sinais de que não temos nenhuma segurança, e que não podemos “cheirar” as geleiras polares e os icebergs errantes, apenas usando a velha fórmula do prendedor de roupa. Dispensando a necessidade de olfato. O olfato - dizem os estudiosos no assunto - é o mais vigilante dos nossos sentidos, sempre alerta, como os gansos do Capitólio (Oies du Capitole). É isso que precisamos agora. As consequências disso se estenderão às dimensões cósmicas.