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CHEIRO DE MATO

Por água brava ou serena
Deixamos nosso cantar,
Vendo a voz como é pequena
Sobre o comprimento do ar.
Se alguém ouvir temos pena:
Só cantamos para o mar...

                                    (C. Meireles)

COLMEIA DESERTA

O ímpeto bravio da tempestade
Afugentou o louro enxame das abelhas.

 

Em vão, a primavera enflora o pessegueiro

E as glicínias debruça nos portais...

O sonoroso bando alado, alvissareiro,

Não volverá jamais.

Em torno da colmeia extinta, diligentes,

Nunca mais zumbirão áureas asas frementes,

Nunca mais!

 

                                                     Helena Kolody


 

 © 2035 por Ágata Silveira. Orgulhosamente criado com Wix.com 

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