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CHEIRO DE MATO


Por água brava ou serena
Deixamos nosso cantar,
Vendo a voz como é pequena
Sobre o comprimento do ar.
Se alguém ouvir temos pena:
Só cantamos para o mar...
(C. Meireles)
COLMEIA DESERTA
O ímpeto bravio da tempestade
Afugentou o louro enxame das abelhas.
Em vão, a primavera enflora o pessegueiro
E as glicínias debruça nos portais...
O sonoroso bando alado, alvissareiro,
Não volverá jamais.
Em torno da colmeia extinta, diligentes,
Nunca mais zumbirão áureas asas frementes,
Nunca mais!
Helena Kolody
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